Pegando num post que fiz há uns tempos no ex-cinetuga, agora
EmCena, e no comentário que fiz no post do Miguel do
BlackSpot, decidi fazer um pequeno apontamento sobre este realizador que tanto dá que falar nos últimos tempos. Ainda me parece mais pertinente este comentário quando está para breve a estreia de Munich.
Eu confesso que tenho uma relação de amor-ódio com Steven Spielberg. Ele quer à força ser o melhor, quer ter tudo feito em muito pouco tempo, como é o caso deste Munich que está numa corrida desenfreada para estrear este ano para poder ir aos Oscars. Agora sai a notícia de que Spielberg não pretende promover o filme. O que me parece absurdo. Nada mais funcional quando queremos chamar a atenção para algo do que dizer: "não olhem para
ISTO". Podia parecer tudo uma grande contradição não fosse tratar-se de Hollywood e de uma grande máquina de fazer dinheiro. Tudo é permitido para o sucesso num mercado em constante declínio.
A verdade é que, numa altura em que o burburinho à volta de Munich não podia ser mais favorável, há que manter a chama acesa com notícias e declarações do realizador. Nem que seja apenas para dizer que não há nada a dizer. Esperemos realmente que o filme não desiluda.
Críticos e pseudo-críticos (como eu), afirmam prentoriamente que Munich será o Million Dollar Baby destes Oscars. Parece-me excessivo, visto que o filme ainda não estreou e tudo o que se sabe é que o filme fala sobre os atentados nos jogos Olímpicos de 1972. Ah e que o realizador é Steven Spielberg.
O que é certo é que os seus filmes acabam por ser muito bons, bastante superiores a muitos outros que por aí andam, mas fica sempre a sensação de que, se ele conseguiu fazer tudo aquilo com uma facilidade incrivel e num tão curto espaço de tempo, se tivesse feito as coisas com calma e ponderação os filmes seriam muito melhores.
Receio que nunca voltaremos a ver o Spielberg de 'A Lista de Shindler'. Ficaremos eternamente presos a um Spielberg em modo 'Apanha-me se Puderes', que faz tudo à pressa e que nunca dá o melhor de si. Espero que Munich me prove o contrário.